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Maria Fumaça

  • morhyjr
  • 10 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Para não deixar o blog muito tempo parado segue a apreciação do livro ainda em leitura Maria Fumaça, do médico e escritor paraense Amaury Braga Dantas.

Semana que vem publico o enredo.

***

Título do livro: Maria Fumaça.

Autor: Amaury Braga Dantas.

Edição 2011.

400 págs.


Narrador onisciente mas não presente.

Estilo: Realista, épico, de forte objetividade e telúrico.

Fluxo: de moderada velocidade.

Composição: O passado distante dos personagens de Bragança se intercalam com o as estórias em tempo presente, sem transição demarcatória.

Não há personagem principal, o autor mostra um microcosmo aglutinado em torno do desenvolvimento econômico e social da cidade paraense de Bragança, com seus coronéis, comerciantes, navegantes, aventureiros...

As aventuras passadas no início do texto são mantidas em latência, voltando o narrador a desenvolve-las muitas páginas depois.

Narrativa não-linear ocorrendo frequentes retrocessos no tempo para expor a vida pregressa dos personagens e de sua genealogia.

Linguagem: Coloquial.

Por vezes surgem arcaísmos, barbarismos...muitas vezes as palavras são grafadas como os personagens falam.

Enredo:

O autor descreve detalhadamente os mitos, as festas, a vida cotidiana e passada a partir dos primeiros colonos e na atualidade dos moradores e colonos da cidade paraense de Bragança.

Assistimos os banquetes e hábitos culinários da região – com doces de cupuaçu , tapiocas com cocos ralados, farinhas de mandioca... peixes regionais como a gurijuba, pescado, dourada, mexilhões e camarões.

Religiosidade:

Hà forte religiosidade da população e muito sincretismo. Todos tem seu Deus, santos, mártires...Com descrição dos festejos típicos que se perpetuam até os dias atuais; cito:

- Dança da Marujada,

- Festa de São Benedito , o santo negro- muito apreciado pois associado a fé e resistência dos negros nas senzalas.

- Dia do Branco: Iniciado por uma lenda de 1613 que diz que dois irmãos querelantes para de se combater para salvar um francês náufrago, que, depois de acolhido casa-se com um índia e torna-se pai de muitos filhos mestiços.

Sociedade:

Além dos colonos locais vemos chegar a Bragança uma leva de imigrantes portugueses, fugindo do Grande Terremoto de Lisboa, que destruiu a cidade.

O autor vai tecendo suas estórias descrevendo os hábitos desta caleidoscópica multidão,suas vestimentas, alimentação, hábitos de higiene, etc...

Assim que terminar a leitura publico o fechamento da resenha.


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